Realismo. Aquela coisa que um monte de gente diz que ama mas na verdade não esta nem aí.
domingo, maio 24, 2015
Por Daniel Mendes
Eu sou um gamer que leva muito a sério o realismo. Eu gosto de jogos tão imersivos que eu esqueço que estou em um jogo. Mas esses dias resolvi jogar um jogo chamado Just Cause 2. E se você sabe que jogo é esse, então sabe que de realista ele não tem absolutamente nada. Eu amo jogos com historias complexas e personagens profundos. E Just Cause 2 não tem nada disso.
E sabe de uma coisa? Eu me diverti pra caralho jogando.
Esse jogo é animal! Você pode fazer coisas absurdas como roubar um helicóptero, desviar de misseis, ser atingido, pular do helicóptero para outro helicóptero, bater no piloto e roubar o helicóptero em pleno voo. É fantástico! E foi aí que eu percebi o grande segredo.
Eu não preciso de realismo para ter imersão. Na verdade, eu nunca precisei. E isso sempre foi tão óbvio, mas eu não percebia.
Desde pequeno eu ficava super imerso no mundo de Super Mario World, onde eu não tinha quase historia nenhuma, e nem realismo. E eu não precisava ter. Sabe porquê? Porque o jogo é divertido. O fato é que tudo que as pessoas procuram num game é a diversão. Então, da próxima vez que você estiver vendo um anuncio de um jogo que parece ser absurdamente foda pelo seu realismo e gráficos impressionantes, pense "ok, mas isso aí vai ser divertido de se jogar?".
Você pode ter um jogo tão simples quanto Canabalt e ficar imerso nele. Eu sei que já aconteceu comigo. Meus reflexos sendo constantemente testados enquanto eu tento imaginar o que é que está acontecendo. Do que estou fugindo? Para onde estou indo? Existe mesmo um objetivo ou isso tudo não passa de um exercício de futilidade na recusa do personagem de se desagarrar do seu instinto de sobrevivência?
Eu acho que fazem tanta propaganda sobre realismo que conseguiram nos convencer de que ele é a coisa mais importante quando na verdade não passa de um atrativo bobo.
Ouço muito o argumento de que Battlefield é mais realista que Call of Duty quando fanboys comparam os dois. Mas pense bem. No Battlefield o realismo adiciona um elemento tático a mais em um jogo que já tem estratégia e tática como seu foco. O que no caso é ótimo. Mas só é ótimo porque isso faz o jogo ser divertido, e não porque o torna mais realista. Afinal, acertar um tiro a distância quando você tem que compensar a queda da bala é foda, mas ter que parar no meio do tiroteio pra dar um mijão não seria nada divertido, embora as duas ideias sejam realistas.
O que você acha? Está de acordo ou acha que eu estou falando besteira? Deixe seu papo aí nos comentarios.
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